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Sartori pediu para União liberar pagamentos atrasados, mas Levy priorizou ajuste fiscal do governo federal |
A decisão foi tomada após o governador ouvir a recusa, na véspera, dos repasses da União ao Estado, próximos de R$ 200 milhões, atrasados desde janeiro. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, apesar de se dizer sensibilizado com o drama financeiro do governo gaúcho, informou que o ajuste fiscal do governo federal está forçando o bloqueio de recursos nos cofres de Brasília. A prioridade, portanto, é fechar as contas do governo federal, mesmo com o dinheiro alheio, conforme O Blog do Werner já havia comentado ontem.
Na entrevista concedida no Palácio Piratini, o governador frisou que não se trata nem de "retaliação" nem de "calote", porque o pagamento à União deverá ser honrado dentro de alguns dias. Apenas é um "adiamento" emergencial.
O problema é que o atraso no pagamento da dívida do Estado com a União poderá acarretar sanções, como o bloqueio de outros recursos, por parte do governo federal, o que agravaria a situação do Rio Grande mais adiante. Já o governo do Estado não pode fazer nada quando a União fica com o seu dinheiro, e não repassa o que deveria. O máximo é correr com o pires na mão a Brasília e torcer para não voltar com ele vazio, ou apenas com a promessa de "quem sabe um dia...".
A relação republicana entre a União e os demais entes da federação, estados e municípios, não é tão republicana assim.
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